Deputados criticam Lula por manter cobrança de IR para quem ganha até dois salários mínimos
Parlamentares reagem à decisão do governo de não corrigir a tabela do IRPF, mantendo a faixa de isenção abaixo da prometida durante a campanha.
A recente decisão do governo Lula de não corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e manter a isenção para quem ganha até R$ 2.824 mensais gerou reações fortes no Congresso. Parlamentares criticaram duramente a quebra da promessa feita durante a campanha de 2022, na qual Lula se comprometeu a isentar quem ganhasse até cinco salários mínimos.
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) destacou que o discurso do presidente “fica só da boca para fora”. Segundo ela, milhões de brasileiros que acreditaram nas promessas de isenção se sentirão traídos, e o governo optou por aumentar a arrecadação às custas da população que mais precisa. Ela afirmou: “O governo prefere aumentar a arrecadação às custas de quem mais precisa”.
Outros deputados, como Sargento Gonçalves (PL-RN), ecoaram o sentimento de traição, classificando o ato como uma falta de compromisso do governo com a classe trabalhadora. Ele criticou que aqueles que ganham até cinco salários mínimos agora continuarão a pagar o imposto, contradizendo as promessas de proteção aos trabalhadores mais vulneráveis.
O deputado Sanderson (PL-RS) também criticou a incoerência de Lula, afirmando que a classe média será sobrecarregada, enquanto quem confiou nas promessas de campanha se sente traído. Segundo ele, a realidade do governo não condiz com o que foi prometido, especialmente em termos de alívio fiscal.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) destacou o impacto nas famílias brasileiras, classificando o cenário como um “estelionato eleitoral”, afirmando que a classe média continua sendo sacrificada, e a decisão de manter a tributação até dois salários mínimos representa uma traição aos eleitores que acreditaram na isenção prometida.
Por fim, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) reiterou as críticas, destacando que a decisão do governo mostra uma falta de compromisso com a verdade e com os trabalhadores que mais precisam de alívio tributário. Ele acusou o governo de preferir aumentar a arrecadação, penalizando os mais pobres, em vez de cumprir suas promessas de campanha.
Essa situação acirra o debate sobre a justiça social e o compromisso do governo com a classe trabalhadora e a classe média, já que muitos se sentem traídos por promessas que, até o momento, não foram cumpridas.