Lula defende ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para além dos R$ 5.000

Em entrevista à rádio CBN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou seu compromisso de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), inicialmente prometida para R$ 5.000, sugerindo que a isenção deveria ser ainda maior. Lula destacou que esse movimento vai além de uma simples promessa de campanha, considerando-o um compromisso de justiça social. Segundo o presidente, é inaceitável que trabalhadores que ganham até R$ 5.000 continuem sendo tributados, enquanto grandes acionistas, como os que lucram com dividendos da Petrobras, permanecem isentos de Imposto de Renda.

Lula enfatizou que a classe trabalhadora carrega uma carga tributária mais pesada proporcionalmente do que os ricos, e a ampliação da isenção seria financiada por uma tributação justa sobre as grandes fortunas. “Não é justo cobrar imposto de alguém que ganha R$ 5.000, enquanto quem ganha R$ 45 bilhões em dividendos não paga nada”, afirmou o presidente.

Além disso, o presidente apontou que é necessário discutir com transparência o sistema tributário brasileiro, para que a população entenda quem paga o quê em termos de impostos e como essa carga é distribuída. “As pessoas precisam entender claramente como os impostos estão sendo cobrados e de quem”, reforçou Lula.

O presidente também abordou a questão da economia dos aplicativos, defendendo a necessidade de incluir esses trabalhadores nas proteções sociais que são concedidas a outras categorias. Além disso, ele celebrou a aprovação do projeto Acredita, que visa facilitar o acesso a crédito para pequenos empreendedores, reforçando o compromisso de seu governo com o estímulo ao crescimento econômico e à inclusão financeira dos trabalhadores autônomos e empreendedores.

Essa ampliação da isenção do IR é vista como uma mudança estrutural no sistema tributário, com foco em redistribuir a carga fiscal de maneira mais justa e equilibrada, especialmente em favor das classes trabalhadoras.