Alckmin anuncia ampliação do Reintegra para pequenas empresas a partir de 2025
Governo trabalha em fase de transição do programa, enquanto reforma tributária é destacada como peça chave para crescimento do PIB e investimentos nos próximos 15 anos.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, anunciou, durante o congresso da Abimaq, que a equipe está trabalhando para ampliar o programa Reintegra em 2025, com uma fase de transição voltada inicialmente para pequenas empresas. Segundo Alckmin, o Reintegra será temporário até que a reforma tributária seja implementada por completo, eliminando a cumulatividade de créditos. Ele também destacou o potencial da reforma em aumentar o PIB em 12% nos próximos 15 anos, além de impulsionar investimentos e exportações.
Durante o evento, Alckmin abordou ainda o programa de depreciação acelerada, que prevê a liberação de R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para estimular a compra de máquinas e equipamentos, incentivando a modernização industrial. Segundo ele, metade dos créditos será destinada ao ano atual e a outra metade a 2025.
Alckmin também ressaltou o impacto positivo da reforma tributária, destacando que ela desonera, simplifica e elimina a cumulatividade, fatores que devem favorecer tanto investimentos quanto exportações. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que a reforma poderá aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 12% nos próximos 15 anos, além de elevar os investimentos em 14% e as exportações em 17%.
Por outro lado, a Abimaq divulgou uma nota criticando um possível aumento na taxa básica de juros Selic, que será definida pelo Copom nesta quarta-feira (18). A entidade defende que o índice deveria ser mantido no patamar atual ou até mesmo ser reduzido, ressaltando os riscos que uma elevação da Selic poderia trazer ao país, especialmente diante de um cenário internacional de flexibilização monetária e deflação na China.
A Abimaq destacou que um aumento na Selic pode criar obstáculos ao crescimento econômico no Brasil, que já enfrenta previsões de crescimento fracas para os próximos anos, e que a política monetária restritiva pode comprometer ainda mais o cenário nacional.