Três Erros que Investidores Devem Evitar na Hora de Pagar Impostos
Com o crescente número de investidores no Brasil, as responsabilidades tributárias também se expandem, criando um cenário em que muitos, por desconhecimento ou desatenção, acabam cometendo erros significativos ao lidar com impostos. O primeiro trimestre de 2024 ilustra bem essa expansão, com o volume de investimentos das pessoas físicas crescendo 61% em comparação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 6,8 trilhões, especialmente no segmento private, onde investidores possuem mais de R$ 5 milhões aplicados. Diante desse cenário, o contador Luis Fernando Cabral, da Contador do Trader, especialista em contabilidade para investidores, destaca três erros críticos que devem ser evitados para garantir conformidade fiscal e otimização dos lucros.
1. Não Compensar Prejuízos
Um dos erros mais comuns que os investidores cometem é a falta de compensação dos prejuízos acumulados nos lucros futuros. Esse erro pode resultar em um pagamento de imposto maior do que o necessário. Cada tipo de investimento possui regras específicas para a compensação de prejuízos, mas muitos investidores simplesmente esquecem de reportar esses prejuízos na Declaração Anual de Imposto de Renda. Esse esquecimento faz com que paguem o imposto integral sobre os lucros, sem o devido desconto dos prejuízos, resultando em um desembolso maior e desnecessário.
2. Não Declarar Operações Isentas
Outro erro frequente é a não declaração de operações isentas de Imposto de Renda e outros tributos. Embora essas operações sejam isentas de imposto, elas ainda precisam ser informadas à Receita Federal. Muitos investidores acreditam, erroneamente, que por serem isentas, essas operações não precisam ser declaradas, o que pode levar à inconsistência nas informações e ao risco de cair na malha fina. Com a Reforma Tributária, algumas regras já mudaram ou estão em vias de mudar, tornando ainda mais crucial o cumprimento dessa obrigação.
3. Esquecer de Pagar o DARF
A maioria dos investimentos exige o pagamento mensal do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). Porém, é comum que alguns investidores se esqueçam de pagar o DARF quando têm lucros tributáveis. Esse descuido pode sair caro, pois o não pagamento do DARF no prazo resulta em multas e juros, além de possíveis complicações que afetam diretamente o CPF do investidor. Não realizar os cálculos e não acertar as contas com o Leão pode levar a penalidades financeiras e problemas fiscais no futuro.
Esses três pontos são essenciais para qualquer investidor que deseja manter sua saúde financeira e evitar surpresas desagradáveis com o fisco. Manter uma contabilidade organizada, informando corretamente todas as operações, e cumprir com as obrigações tributárias são passos fundamentais para assegurar que o crescimento dos investimentos não seja acompanhado por problemas fiscais que poderiam ser facilmente evitados.